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Em setembro chega o Missionar, nosso congresso sobre missões, período
em que realizamos uma grande e significativa mobilização missionária, em
todos os ministérios da igreja. E aqui em nosso blog estaremos nos
próximos dias, falando sobre “Famílias em Missão”. Começamos pela
família de Noé, um homem que bem servia e muito agradava ao coração de Deus.

 

O CHAMADO DE NOÉ

Noé viveu numa época em que a humanidade havia se descambado para os padrões
de completa perversidade, violência, corrupção e de extrema rebeldia espiritual. Diz
a Bíblia que Deus ficou enojado daquela multidão devassa, a ponto de desejar
aniquilá-la. Veja o que relata Moisés, em Gênesis: “Eliminarei da terra esta raça
humana que criei. Sim, e também destruirei… os grandes animais, os animais
que rastejam pelo chão e até as aves do céu. Arrependo-me de tê-los criado”
(Gên. 1:7 NVT). Veja a que fatalidade se chegou.

 

NOÉ E SEU CONTEXTO DE VIDA

Acredita-se que Noé nasceu e continuou a viver, até o dilúvio, na Mesopotâmia. Alí
Deus o designou construtor da arca, embarcação gigantesca para aquela época,
cerca de dois mil, trezentos e cinquenta anos antes de Cristo. E naquela tarefa
missionária, grande, demorada e inimaginável, ele persuade e envolve sua família. A
saber, sua esposa, os três filhos e suas respectivas esposas. Provavelmente alguns
netos e alguns carpinteiros e ferreiros, também contratados para ajudar a família, o
que não é registrado nas Escrituras. Noé não era mais nenhum garoto, pois beirava
seus quinhentos anos de idade. Imagina-se também, que naquela época mal chovia
e muito menos aconteciam temporais. A humanidade estava acostumada a uma
relva que diariamente regava a terra. A partir dessa realidade cotidiana, era difícil
esperar uma destruição mundial, a base de uma inundação catastrófica. Mas Noé e
sua família acreditaram.

 

APESAR DAS CIRCUNSTÂNCIAS…

Para Noé e seus queridos, sempre esteve muito clara a missão daquela família. Aos
oito, cabia a tarefa missionária de coordenar a construção da enorme embarcação.
Era a missão do clã e de ninguém mais. E o foco estava na glória de Deus. Pois foi
Ele o autor do projeto, do planejamento estrutural, funcional, dos materiais, como
também da provisão financeira. A obra durou quase cem anos e é claro, geraram-se
muitos problemas nesse período, além dos operacionais, especialmente o de
zombaria, provocação, desdém e até eventuais revoltas por parte do público, que vez
ou outra, certamente se aglomerava junto a cerca que delimitava o estaleiro. Afinal, a família, capitaniada por Noé, também continuava com a anunciação da ira e da vingança divinas sobre os rebeldes. Aquele barco, que aos poucos assumia dimensões nunca dantes vistas, também era uma pregação silenciosa, mas, intensamente incomoda e confrontadora.

 

A FAMÍLIA ANDAVA COM DEUS

A Bíblia nos dá o perfil de Noé. “Noé era um homem justo, a única pessoa íntegra
naquele tempo, e andava em comunhão com Deus” (Gên.6.9 – NVT).
Destacando-se o verbo andar, podemos argumentar que havia uma conduta
proposital na vida daquele homem de Deus. E a família era impactada pela conduta
santa daquele homem. Mas como aquele grupo familiar se mantinha em comunhão
com Deus, superava os maus momentos, levantava a cabeça, e voltava a trabalhar
com determinação, para desenvolver o projeto da arca e para manter a pregação da
justiça de Deus.

 

DILÚVIO PROFETIZADO, CONCRETIZADO

Finalisada a missão de construção daquele grande navio, com estruturas, pisos,
paredes e revestimentos, todos surpreendemente, feitos de madeira especialmente
escolhida para tais finalidades. Chegou a hora do embarque das toneladas de
alimentos, dos milhares de animais e das únicas pessoas que levaram a sério a
mensagem profética de Noé, os seus familiares. Depois de tudo e de todos
embarcados, o próprio Deus fechou a porta e fez cair a chuva forte e ininterrupta,
durante quarenta dias e quarenta noites, provocando uma inundação avassaladora, –
que, estima-se, durou de cinco meses a um ano -, para baixar. E quando isso
aconteceu, havia um cenário de destruição incalculável. Era o cumprimento da
justiça de Deus, que não tolera o pecado.

 

MISSÃO NOS DIAS ATUAIS

Vivemos dias parecidos aos de Noé. Dias em que a humanidade em sua maioria, não
quer saber de Deus e de seus preceitos. Antes, entrega-se aos prazeres e
comportamentos perversos, endurece o coração, embota a mente, rejeita a luz
divina e a salvação em Jesus. E o Senhor está conclamando homens que “andam
com Deus,” e que se encontram nas posições de maridos e pais, para liderarem suas
famílias na anunciação das boas novas, a partir de seus relacionamentos de amizade
e de parentesco.

“O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me ungiu para trazer as boas-
novas aos pobres. Ele me enviou para anunciar que os cativos serão soltos, os
cegos verão, os oprimidos serão libertos, e que é chegado o tempo do favor do
Senhor” Lucas 4:18, 19 (NVT).

Essa perspectiva é a de uma família, aceitando a missão evangelizadora com zelo,
amor e paixão. Vivamos sob a unção do Espírito Santo, colocando nosso foco no falar
e no viver a Palavra de Deus. Com certeza veremos milagres acontecendo, vidas
sendo transformadas, inclusive as nossas.

Augusto Zeferino, jornalista colaborador e editor executivo deste blog.