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Unidos no chamado missionário

 

Lá se foi mais um Missionar, nosso congresso sobre missões, período em que realizamos uma grande e significativa mobilização missionária, em todos os ministérios da PIB. E aqui em nosso blog estaremos nos próximos dias, falando sobre “Famílias em Missão”. Começamos pela família de Noé, um homem que bem servia e muito agradava ao coração de Deus.

O CHAMADO DE NOÉ

Noé viveu numa época em que a humanidade havia se descambado para os padrões de completa perversidade, violência, corrupção e de extrema rebeldia espiritual. Diz a Bíblia que Deus ficou enojado daquela multidão devassa, a ponto de desejar aniquilá-la. Veja o que relata Moisés, em Gênesis: “Eliminarei da terra esta raça humana que criei. Sim, e também destruirei… os grandes animais, os animais que rastejam pelo chão e até as aves do céu. Arrependo-me de tê-los criado” (Gên. 1:7 NVT). Veja a que fatalidade se chegou.

NOÉ E SEU CONTEXTO DE VIDA

Acredita-se que Noé nasceu e continuou a viver, até o dilúvio, na Mesopotâmia. Alí Deus o designou construtor da arca, embarcação gigantesca para aquela época, cerca de dois mil, trezentos e cinquenta anos antes de Cristo. E naquela tarefa missionária, grande, demorada e inimaginável, ele persuade e envolve sua família. A saber, sua esposa, os três filhos e suas respectivas esposas. Provavelmente alguns netos e alguns carpinteiros e ferreiros, também contratados para ajudar a família, o que não é registrado nas Escrituras. Noé não era mais nenhum garoto, pois beirava seus quinhentos anos de idade. Imagina-se também, que naquela época mal chovia e muito menos aconteciam temporais. A humanidade estava acostumada a uma relva que diariamente regava a terra. A partir dessa realidade cotidiana, era difícil esperar uma destruição mundial, a base de uma inundação catastrófica. Mas Noé e sua família acreditaram.

APESAR DAS CIRCUNSTÂNCIAS…

Para Noé e seus queridos, sempre esteve muito clara a missão daquela família. Aos oito, cabia a tarefa missionária de coordenar a construção da enorme embarcação. Era a missão do clã e de ninguém mais. E o foco estava na glória de Deus. Pois foi Ele o autor do projeto, do planejamento estrutural, funcional, dos materiais, como também da provisão financeira. A obra durou quase cem anos e é claro, geraram-se muitos problemas nesse período, além dos operacionais, especialmente o de zombaria, provocação, desdém e até eventuais revoltas por parte do público, que vez ou outra, certamente se aglomerava junto a cerca que delimitava o estaleiro. Afinal, a família, capitaniada por Noé, também continuava com a anunciação da ira e da vingança divinas sobre os rebeldes. Aquele barco, que aos poucos assumia dimensões nunca dantes vistas, também era uma pregação silenciosa, mas, intensamente incomoda e confrontadora.

A FAMÍLIA ANDAVA COM DEUS

A Bíblia nos dá o perfil de Noé. “Noé era um homem justo, a única pessoa íntegra naquele tempo, e andava em comunhão com Deus” (Gên.6.9 – NVT). Destacando-se o verbo andar, podemos argumentar que havia uma conduta proposital na vida daquele homem de Deus. E a família era impactada por sua conduta santa e inigualável. Mas como aquele grupo familiar se mantinha em comunhão com Deus, superava os maus momentos, levantava a cabeça, e voltava a trabalhar com determinação, para desenvolver o projeto da arca e para manter a pregação da justiça de Deus.

O DILÚVIO CONCRETIZADO

Finalisada a missão de construção daquele grande navio, com estruturas, pisos, paredes e revestimentos, todos surpreendemente, feitos de madeira especialmente escolhida para tais finalidades. Chegou a hora do embarque das toneladas de alimentos, dos milhares de animais e das únicas pessoas que levaram a sério a mensagem profética de Noé, os seus familiares. Depois de tudo e de todos embarcados, o próprio Deus fechou a porta e fez cair a chuva forte e ininterrupta, durante quarenta dias e quarenta noites, provocando uma inundação avassaladora, que, estima-se, durou de cinco meses a um ano para baixar. E quando isso aconteceu, havia um cenário de destruição incalculável. Era o cumprimento da justiça de Deus, que não tolera o pecado.

NOS DIAS ATUAIS

Vivemos dias parecidos aos de Noé. Dias em que a humanidade em sua maioria, não quer saber de Deus e de seus preceitos. Antes, entrega-se aos prazeres e comportamentos perversos, endurece o coração, embota a mente, rejeita a luz divina e a salvação em Jesus. E o Senhor está conclamando homens que “andam com Deus,” e que se encontram nas posições de maridos e pais, para liderarem suas famílias na anunciação das boas novas, a partir de seus relacionamentos de amizade e de parentesco.

“O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me ungiu para trazer as boas-novas aos pobres. Ele me enviou para anunciar que os cativos serão soltos, os cegos verão, os oprimidos serão libertos, e que é chegado o tempo do favor do Senhor” Lucas 4:18, 19 (NVT).

Essa perspectiva é a de uma família, aceitando a missão evangelizadora com zelo, amor e paixão. Vivamos sob a unção do Espírito Santo, colocando nosso foco no falar e no viver a Palavra de Deus. Com certeza veremos milagres acontecendo nas vidas sendo que serão transformadas, inclusive as nossas.

Augusto Zeferino, jornalista colaborador e editor executivo deste blog.

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